Barco Romano e Porto Antigo descobertos em Nápoles
Em Nápoles, foram as obras de construção de um túnel do Metro que puseram a descoberto, a 13 metros de profundidade, um magnífico conjunto arqueológico relativo à navegação do período romano: vestígios não só de um antigo cais de acostagem em madeira (parte do porto antigo), como uma embarcação com cerca de 10 metros de comprimento e pouco mais de 2 metros de largo, além de centenas de ânforas datadas do séc. II da nossa era. Vários outros artefactos , como lucernas e solas de sandálias foram encontradas em bom estado de conservação junto ao barco.
A espessa camada de lama e sedimento compacto rapidamente acumulados sobre a embarcação ajudaram a proteger a madeira e outros materiais orgânicos da deterioração. As dimensões desta pequena embarcação ainda não foram totalmente conhecidas, pois ainda se encontra em processo de escavação, sendo, no entanto, semelhantes às de outros vestígios de um outro barco romano descoberto nas proximidades, na antiga Herculano, preso numa camada de lama.
Notícia (bem ilustrada) do "La Reppublica".
Armas Antigas num Rio da Croácia
Embora sem muitos detalhes, o "Birmingham Evening Mail" avançou esta semana a notícia de uma descoberta rara que valerá a pena acompanhar de perto. Uma equipa de investigadores da Universidade de Birmingham localizou aquele que poderá ser um dos mais valiosos achados arqueológicos dos últimos anos.
Nas margens do rio Cetina, na Croácia, escondia-se um conjunto de artefactos provenientes de várias épocas, consistindo em mais de 90 espadas, uma adaga de legionário romano com a sua baínha intacta, mais de 30 capacetes Greco-Ilíricos (segundo a denominação dos antigos povos locais que os utilizavam) e numerosas peças de joalharia, machados e pontas de lança. Na verdade, anteriores achados arqueológicos (fivelas, peças em metal e capacetes da mesma origem) provenientes do rio Cetina já tinham registados na década de 1990 pelo Instituto de Arqueologia da Universidade de Zagreb. Na margem direita do rio encontram-se também os vestígios do campo militar romano de Tilurium, instalado num local estratégico que assegurava a defesa desta importante via de comunicação fluvial situada na antiga província da Dalmácia.
Os investigadores apontam para a hipótese de que este rico núcleo de artefactos tenha sido deitado ao rio como oferenda, tomando este local como sagrado. Os artefactos mais antigos datam de 6.000 anos a.C.. Próximo do local foram igualmente descobertos importantes vestígios de habitações em madeira (possivelmente com estrutura erguida sobre palafitas, típicas de habitações lacustres ou fluviais), indicando o estabelecimento de povoações datando do final do Neolítico e início da Idade do Bronze.
Testemunhos de épocas remotas, estes vestígios sobreviveram protegidos pelas águas a séculos de invasões e guerras civis particularmente intensas nesta região da Europa, desde os Impérios Romano e Otomano, até ambas as Guerras Mundiais e os recentes conflitos que assolaram a ex-Jugoslávia.
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