Sempre mais fundo, a procura de novas jazidas de petróleo e gás impelem as grandes empresas a novos feitos tecnológicos. No Golfo do Texas, a Union Oil Company realizou uma intervenção record em Maio de 2001, com uma perfuração subaquática a 2.952 metros de profundidade nas profundezas abissais de Alaminos Canyon. Mas outros achados a grande profundidade têm suscitado a intervenção de arqueólogos e historiadores, no estudo da História marítima norte-americana.
A 807 metros, uma prospecção submarina da Exxon-Mobil Development Company revelou o casco incendiado de um pequeno navio em madeira com forro de cobre, datável da segunda metade do séc. XVIII ou primeira metade do séc. XIX. A companhia petrolífera prontificou-se a patrocinar o estudo arqueológico deste naufrágio em parceria com a reputada Universidade do Texas A&M.
Na verdade, os sítios arqueológicos subaquáticos constituem um dos "recursos" da Plataforma Continental Exterior (zona adjacente a um continente ou a uma ilha, compreendendo os fundos oceânicos desde a linha de costa até à profundidade de 200 metros) geridos pelo MMS (Minerals Management Service), organismo responsável pela gestão dos recursos minerais submersos. Os achados no leito submarino são frequentemente comunicados à MMS como sítios potenciais de exploração pela indústria de extracção de gás e petróleo após prospecções aturadas das camadas geologicas que reunam melhores condições dentro do limite das respectivas concessões.
De igual modo, a inspecção dos fundos marinhos para colocação de oleodutos ("pipelines") levou à descoberta de alguns navios afundados.
Estes sítios de extracção potencial incluem de facto, em muitos casos, navios naufragados ou mesmo locais de acampamento pré-históricos anteriores à última grande Glaciação (há cerca de 18.000 anos), durante a qual o nível do mar era inferior ao actual. Estas "anomalias" de grandes dimensões registadas quando da prospecção magnética são, por isso, delimitadas como zonas de protecção a evitar durante as operações de perfuração e montagem de estruturas pelas empresas extractivas. Numa fase posterior, cabe ao MMS a avaliação histórica e arqueológica destas vestígios para eventual classificação federal.
Resultados Arqueológicos
Actualmente, contam-se já vários casos em que foi possível identificar e documentar vários naufrágios de interesse na área da Plataforma Continental Exterior do Golfo do México, mediante um trabalho de conjunto envolvendo empresas de extracção, o MMS e investigadores.
Um destes naufrágios é o navio a vapor «New York» lançado em 1837 e afundado por um furacão em 1846), o USS «Hatteras», navio a vapor da Guerra Civil norte-americana afundado em combate em 1863 (contra o CSS «Alabama», o mais famoso e bem-sucedido dos «blockade-runners», unidades concebidas para romper o bloqueio naval imposto pela União nos portos do Sul dos Estados Unidos; depois de um longo itinerário de 2 anos através do Índico e Atlântico que o levou a passar pelos Açores, foi afundado por sua vez ao largo da costa francesa de Cherbourg em 1864, o «Alabama» foi alvo de uma intervenção arqueológica subaquática nas décadas de 1980 e 1990), além de pelo menos 13 navios mercantes do séc. XX vítimas dos ataques de submarinos alemães durante a II Guerra Mundial (entre 1942 e 1943, mais de 20 submarinos estiveram activos sob as águas do Golfo do Texas, afundando 56 navios numa tentativa de impedir o importante tráfego Aliado de combustível a partir dos portos da Louisiana e do Texas às linhas da frente na Europa).
As profundidades a que repousam variam muito, desde os 11 até aos 1.200 metros.
Todos estes sítios são, segundo a definição das leis federais dos Estados Unidos, considerados "naufrágios históricos", pois têm pelo menos 50 anos.
Até à data, as investigações documentais revelaram a existência de mais de 400 navios naufragados em pouco mais de 3 séculos, entre os anos de 1625 e 1951. Também se sabe que no mesmo período muitas centenas mais ocorreram em zonas mais próximas da orla costeira.
Foi justamente o requerimento do Governo Federal norte-americano que obriga as companhias petrolíferas a efectuar prospecções exaustivas dos fundos oceânicos previamente à instalação de oleodutos que resultou em 2001 na descoberta de um submarino alemão da II Guerra Mundial, o U-166 (veja-se uma galeria de imagens sobre a história do submarino), afundado por uma carga de profundidade em 1942 a cerca de 1.500 metros de profundidade ao largo da foz do Rio Mississippi e aoutros 1.500 metros de distância dos destroços submersos da sua última vítima, o navio de transporte SS «Robert E. Lee». Utilizando um AUV (Autonomous Underwater Vehicule), os responsáveis técnicos da companhia puderam obter imagens em tempo real de ambos os navios.
O "Minerals Management Service" possui no seu vasto pessoal uma equipa de arqueólogos que se ocupam na análise relatórios geofísicos apresentados pelas empresas de extracção de petróleo e gás. Devido a esta organização, quando companhias como a BP e a "Shell" se depararam com achados subaquáticos durante as suas prospecções, foi possível a pronta e eficaz intervenção no terreno (subaquático).
A 807 metros, uma prospecção submarina da Exxon-Mobil Development Company revelou o casco incendiado de um pequeno navio em madeira com forro de cobre, datável da segunda metade do séc. XVIII ou primeira metade do séc. XIX. A companhia petrolífera prontificou-se a patrocinar o estudo arqueológico deste naufrágio em parceria com a reputada Universidade do Texas A&M.
Na verdade, os sítios arqueológicos subaquáticos constituem um dos "recursos" da Plataforma Continental Exterior (zona adjacente a um continente ou a uma ilha, compreendendo os fundos oceânicos desde a linha de costa até à profundidade de 200 metros) geridos pelo MMS (Minerals Management Service), organismo responsável pela gestão dos recursos minerais submersos. Os achados no leito submarino são frequentemente comunicados à MMS como sítios potenciais de exploração pela indústria de extracção de gás e petróleo após prospecções aturadas das camadas geologicas que reunam melhores condições dentro do limite das respectivas concessões.
De igual modo, a inspecção dos fundos marinhos para colocação de oleodutos ("pipelines") levou à descoberta de alguns navios afundados.
Estes sítios de extracção potencial incluem de facto, em muitos casos, navios naufragados ou mesmo locais de acampamento pré-históricos anteriores à última grande Glaciação (há cerca de 18.000 anos), durante a qual o nível do mar era inferior ao actual. Estas "anomalias" de grandes dimensões registadas quando da prospecção magnética são, por isso, delimitadas como zonas de protecção a evitar durante as operações de perfuração e montagem de estruturas pelas empresas extractivas. Numa fase posterior, cabe ao MMS a avaliação histórica e arqueológica destas vestígios para eventual classificação federal.
Resultados Arqueológicos
Actualmente, contam-se já vários casos em que foi possível identificar e documentar vários naufrágios de interesse na área da Plataforma Continental Exterior do Golfo do México, mediante um trabalho de conjunto envolvendo empresas de extracção, o MMS e investigadores.
Um destes naufrágios é o navio a vapor «New York» lançado em 1837 e afundado por um furacão em 1846), o USS «Hatteras», navio a vapor da Guerra Civil norte-americana afundado em combate em 1863 (contra o CSS «Alabama», o mais famoso e bem-sucedido dos «blockade-runners», unidades concebidas para romper o bloqueio naval imposto pela União nos portos do Sul dos Estados Unidos; depois de um longo itinerário de 2 anos através do Índico e Atlântico que o levou a passar pelos Açores, foi afundado por sua vez ao largo da costa francesa de Cherbourg em 1864, o «Alabama» foi alvo de uma intervenção arqueológica subaquática nas décadas de 1980 e 1990), além de pelo menos 13 navios mercantes do séc. XX vítimas dos ataques de submarinos alemães durante a II Guerra Mundial (entre 1942 e 1943, mais de 20 submarinos estiveram activos sob as águas do Golfo do Texas, afundando 56 navios numa tentativa de impedir o importante tráfego Aliado de combustível a partir dos portos da Louisiana e do Texas às linhas da frente na Europa).
As profundidades a que repousam variam muito, desde os 11 até aos 1.200 metros.
Todos estes sítios são, segundo a definição das leis federais dos Estados Unidos, considerados "naufrágios históricos", pois têm pelo menos 50 anos.
Até à data, as investigações documentais revelaram a existência de mais de 400 navios naufragados em pouco mais de 3 séculos, entre os anos de 1625 e 1951. Também se sabe que no mesmo período muitas centenas mais ocorreram em zonas mais próximas da orla costeira.
Foi justamente o requerimento do Governo Federal norte-americano que obriga as companhias petrolíferas a efectuar prospecções exaustivas dos fundos oceânicos previamente à instalação de oleodutos que resultou em 2001 na descoberta de um submarino alemão da II Guerra Mundial, o U-166 (veja-se uma galeria de imagens sobre a história do submarino), afundado por uma carga de profundidade em 1942 a cerca de 1.500 metros de profundidade ao largo da foz do Rio Mississippi e aoutros 1.500 metros de distância dos destroços submersos da sua última vítima, o navio de transporte SS «Robert E. Lee». Utilizando um AUV (Autonomous Underwater Vehicule), os responsáveis técnicos da companhia puderam obter imagens em tempo real de ambos os navios.
O "Minerals Management Service" possui no seu vasto pessoal uma equipa de arqueólogos que se ocupam na análise relatórios geofísicos apresentados pelas empresas de extracção de petróleo e gás. Devido a esta organização, quando companhias como a BP e a "Shell" se depararam com achados subaquáticos durante as suas prospecções, foi possível a pronta e eficaz intervenção no terreno (subaquático).